A economia de baixo carbono visa reduzir os impactos do meio ambiente e promover o desenvolvimento dos países, por meio de soluções tecnológicas e inovação nos processos produtivos, capazes de ampliar os ganhos com eficiência energética.
Embora haja inúmeros desafios da economia de baixo carbono, existem tecnologias promissoras e emergentes, que contribuirão ainda mais para um impacto positivo na sociedade.
Mas, afinal, quais são os desafios tecnológicos considerados alavancas para o desenvolvimento de soluções que impactem o cenário de mudanças climáticas e auxiliem a criar um futuro de baixo carbono no Brasil? Dois dos mais importantes destes desafios são o armazenamento de energia em grande escala e a substituição de fontes não renováveis desde a geração ao consumo de energia.
Pensando nisso, Ana Calçado, fundadora da Wylinka, organização sem fins lucrativos que apoia a transformação do conhecimento científico em soluções que melhoram o dia a dia das pessoas, explica abaixo algumas formas de saná-los por meio da ciência. Confira:
Armazenamento de energia de fontes intermitentes - o armazenamento de energia em grande escala é um desafio, principalmente para as fontes de geração intermitente, como a energia eólica e a solar. Entre os principais obstáculos está a geração de processos ou compostos estáveis que permitam armazenamento da energia, métodos eficientes de estoque destes compostos e conversão em energia quando necessária para uso, além da confiabilidade, manutenção da estabilidade às diversas variações na rede, mecanismos de medicação avançada e comunicação. “As tecnologias sendo desenvolvidas no Brasil incluem eletrodos compostos de fibras de carbono que aumentam a potência e durabilidade de baterias e sistemas eletrônicos de controle e gestão destas, por exemplo”, destaca Ana.
Substituição de fontes não renováveis - outro grande desafio é a substituição de fontes não renováveis desde a geração ao consumo de energia. Afinal, a produção de biocombustíveis avançados, quando eficiente, acelera a transição energética, diminuindo assim a emissão de gases do efeito estufa. Logo, o desenvolvimento de novos combustíveis, que substituam recursos ainda não renováveis, sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos, resultam na captura de carbono. Ou seja, é possível desenvolver processos e tecnologias que apresentam alta eficiência de forma que haja mais captura de gases de efeito estufa do que sua liberação no uso de biomassa no processo de transformação de energia.